Nos últimos anos, os procedimentos estéticos se tornaram uma prática cada vez mais comum e acessível. Se cuidar, investir no próprio corpo e manter-se bem consigo mesmo é, sem dúvida, positivo. Contudo, é essencial entender que, como qualquer prática, os excessos podem trazer consequências. Realizar intervenções estéticas de forma consciente e moderada é fundamental para a saúde física e emocional. O cuidado com o próprio corpo não deve se tornar uma obsessão, e é preciso saber quando um procedimento é realmente necessário.
Em muitos casos, as pessoas recorrem a tratamentos como preenchimentos e harmonização facial para melhorar a autoestima. Entretanto, o excesso dessas intervenções pode gerar um efeito contrário, promovendo uma aparência artificial e até mesmo prejudicando o equilíbrio psicológico. A psicóloga e especialista da Concept Clinic, Dra. Nara Keilla, alerta que, quando os procedimentos são feitos sem critérios claros, pode haver o risco de desenvolver a disformia corporal, uma condição em que o indivíduo tem uma percepção distorcida de sua aparência, levando a um desejo compulsivo por intervenções estéticas.
“Para mim, o sucesso de um procedimento não está apenas no resultado visual, mas em garantir que ele esteja alinhado com a saúde física e emocional do paciente”, afirma o Dr. Sérgio Adrianny, proprietário da Concept Clinic, em São Luís/MA. “Com uma formação sólida e contínua, busco constantemente aprimorar meus conhecimentos para oferecer um atendimento de excelência, sempre pautado pela ética profissional. Aqui, cada tratamento é feito de forma personalizada, com a certeza de que a qualidade e o respeito ao cliente vêm sempre em primeiro lugar.”
No Brasil, o aumento na procura por tratamentos estéticos também está relacionado a um movimento de “beleza ideal”, impulsionado pela mídia social e padrões estéticos muitas vezes irreais. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) revelam que, em 2022, houve um crescimento de 20% nas cirurgias plásticas em comparação ao ano anterior, destacando o aumento dessa busca pelo “perfeito”. Porém, é fundamental refletir sobre os impactos dessa busca incessante. Segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP), distúrbios alimentares, transtornos de imagem e problemas emocionais estão frequentemente ligados a tratamentos estéticos excessivos, exigindo acompanhamento psicológico em casos mais graves.
É importante que, ao considerar um procedimento estético, o paciente reflita sobre suas motivações e se o desejo de mudança está realmente relacionado a um benefício para sua autoestima, e não a uma expectativa externa ou uma insegurança emocional. Profissionais da área da estética devem sempre realizar uma análise criteriosa, levando em conta a saúde mental do paciente. Quando o desejo por procedimentos se torna exagerado ou obsessivo, é essencial que o paciente seja encaminhado para acompanhamento psicológico, para avaliar se não há uma condição como a dismorfofobia, que pode demandar tratamento especializado.
Em última instância, a estética deve ser um meio de se sentir bem consigo mesmo, respeitando os limites naturais do corpo e a saúde mental. A verdadeira beleza está na harmonia, e saber quando é hora de parar, refletir e procurar ajuda é parte fundamental de um cuidado responsável e equilibrado.